quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Os primeiros passos..



Assim como na vida real, em qualquer filme, livro ou game, os primeiros minutos, parágrafos ou instantes são sempre os mais importantes. Por isso, é extremamente importante ser capaz de capturar a atenção do espectador com algo intrigante, mas sem exageros.
Uma regra quase universal do cinema é que você nunca deve começar um filme com um grande climax, o motivo é simples, é quase impossível justificar algo intenso no início de um filme ou, muito pior, conseguir manter aquele ritmo com uma narrativa consistente por mais duas horas.

Por isso, alguns dos melhores começos de filmes são aqueles mais simples e que são capazes de passar tanto o espírito do filme quanto dos protagonistas. Bons exemplo disso nos filmes? De Volta para o Futuro ou Alta Fidelidade, os dois filmes tem começos diferentes, mas os dois passam o clima e a idéia básica que seguirá por toda a narrativa, é algo simples porém que segura a atenção do espectador e faz com que ele crie uma laço com a personagem.

Já nos games isso é mais raro, mas quando bem feito é capaz de prender qualquer pessoa à narrativa por horas ou até dias, assim como um bom livro, é impossível não querer desenvolver a personagem e partir para o próximo capítulo em uma história composta por teias de fatos entrelaçados.
Exemplos? Monkey Island, Bioshock ou Fallout (qualquer um dos três jogos principais da série).

Mesmo sendo títulos com enormes distinções, o grande diferencial é criar a vontade no jogador de desenvolver a história já que, ao contrário de um livro ou um filme, o jogador precisa não só da motivação continuar lendo ou assistindo, mas também para explorar o mundo. É desenvolver a vontade de ir atrás do passado, presente e ser reponsável pelo futuro daquelas personagens.

Quando Guybrush Threepwood chega à Melée Island a vontade do jogador para desenvolver a história é conquistada por uma simples frase "I'm Guybrush Threepwood I want to be a pirate!", logo em seguida há a resposta cômica que dá o tom do jogo, com isso o jogador recebe tanto a motivação narrativa quanto a do clima em que o jogo se desenrola.

O mesmo vale para a queda do avião e a cidade misteriosa de Bioshock, ou a vida dos sobreviventes de uma guera nuclear em Fallout. O que diferencia uma boa narrativa é a habilidade para fazer com que o jogador se interesse pela história, se preocupando com as personagen, querendo agir como se estivesse trocado de lugar com os protagonistas. Afinal, porque ajudar alguém que você não liga? Talvez para conseguir alguns achivements mas nada muito além.

Por isso que, assim como os primeiros momentos de uma narrativa, o primeiro post de um blog é uma das coisas mais difíceis. Eu tentei não ter que apelar para um meta-post, assim como foi recomendado pelo mestre, mas não consegui.

Logo, para manter a praxe de primeiras postagens: "Teste!" ou "Hello World!"

3 comentários:

  1. Gostei do link entre cinema e games. O blog tem tudo pra ficar ótimo! Mas se vc me passar em visitantes únicos eu te bato! :P
    Bjos, lindo!

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  2. Obrigado pela parte que me toca.

    Also, acho que no caso específico dos videogames as técnicas de narrativa ainda precisam amadurecer um bocado. Não tentar imitar o cinema, mas investir em algo que lhe é particular. Misturar jogabilidade com história numa coisa só e manter uma certa consistência por todo jogo, por exemplo, ainda é difícil.

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  3. E postei logado na minha conta errada. Boa campeão.

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